17.9.14

17 de Setembro

Estas primeiras linhas são de celebração. A saudade colmatada numa série de luzes acesas e no acerto dos tripés. A noite esqueceu-se assim do seu lugar, quando por vezes espreitei pelo viewfinder e quase encontrei o dia. Celebra-se então a construção alicerçada nestas vontades rebeladas, que a jeito de cantares erguem tambores contra as vozes femininas. Surge perante a câmara o conjunto modular de coincidências humanas, e percebemos pelas luzes que tanto nos queimam os olhos como deixam contornar os actores na frente da batalha. E que comece a dança, este bailado de figuras que em muito se complexifica e pouco se deixa ver - é um baile, todos bailam, na cadência ritmada que a tudo isto dá entusiasmo e força muscular.


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